Por: Loide Noemi de Carvalho Machado - Psicóloga e Terapeuta de Família e de Casal
A criança está neurológicamente estruturada para assimilar e aprender pelo exemplo, aquilo que é percebido e vivenciado através de suas interações sociais. Dessa forma, o bom exemplo dado pelos pais émais importante do que dar conselhos e orientar com palavras.
Se a mensagem verbal é diferente da mensagem não-verbal, ou seja, se agimos de forma diferente do que falamos, o resultado será confuso e poderá trazer conseqüências negativas à formação da personalidade dos filhos.
Nas relações entre pais e filhos é importante compreender, que a auto-estima começa no lar e em nós mesmos. Dessa forma, é certo dizer que a maior parte da auto-imagem e do auto-conceito da criança é formada, através das suas experiências com os pais. Por isto é importante entender que:
- Pais que criam filhos sem regras e limites bem estabelecidos expressam desestrutura familiar. O mesmo ocorre, quando as regras existentes costumam ser confusas, contraditórias, inflexíveis ou opressoras, pois isto gera medo e angústia como características permanentes;
- Pais ausentes ou indiferentes podem levar a criança a pensar, que não agradam nunca e que por mais que se esforcem não serão notados, tornando-se inseguros;
- Pais muito severos, exigentes e críticos podem incutir a idéia de que os filhos são inferiores e indignos de serem amados, limitando sua capacidade de superação de conflitos. Muitas vezes um olhar frio de desaprovação pode trazer muito mais dor do que uma surra;
- Pais perfeccionistas, com muita exigência de ordem, asseio e obediência, podem levar os filhos a pensar que precisam ser perfeitos em tudo para serem amados. Assim, os filhos passam a acreditar que recebem amor não pelo que são, mas por fazerem as coisas como foram exigidas;
- Pais que desqualificam os filhos, com chacotas e gozações, principalmente na presença de outras pessoas, causam danos na auto-imagem e, por conseqüência, na auto-estima dos filhos. Isto favorece o desenvolvimento de sentimentos de desvalia, inadequação e insegurança, que os acompanharão até a idade adulta, dificultando todas as suas relações interpessoais.
Diante disso, é de suma importância entender, que a família precisa dar o suporte necessário, para a formação de uma personalidade saudável, onde o temor ao Senhor é o princípio de toda a sabedoria. Crianças que são ensinadas a respeitar a si, aos outros, e principalmente a Deus, com certeza serão adolescentes, e conseqüentemente adultos bem equilibrados social, emocional e espiritualmente.
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