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terça-feira, 29 de junho de 2010

A Excelência do Ministério

Por: Ev.Carlos Nílis S. Spielmann

Revista Lições Bíblicas do 2° trimestre de 2010: JEREMIAS, esperança em tempos de crise.

Texto áureo: "SENHOR, o meu coração não se elevou, nem os meus olhos se levantaram; não me exercito em grandes assuntos, nem em coisas muito elevadas para mim." Salmos 131.1

     Nesse segundo trimestre do ano de 2010, quando estudamos a respeito do ministério do Profeta Jeremias, um homem chamado por Deus para exercer o ministério profético em um tempo de crise da nação de Judá, que havia desviado dos caminhos do Senhor e se encontrava na iminência de ser levado para o cativeiro babilônico, uma das lições merecedora de destaque é que sob o título em epígrafe, nos instrui já na verdade prática que no exercício de nosso serviço ao Reino de Deus, nossa única preocupação seja de buscar a glória de Deus para a Sua glória, porque Ele é o Senhor da glória.

I.  QUEM ERA BARUQUE

     É interessante observar que Jeremias não trabalhava sozinho. Baruque, seu secretário, o ajudou escrevendo suas profecias. Era também companheiro de Jeremias em seus sofrimentos, pois algumas das perseguições pelas quais Jeremias passou Baruque enfrentou também. Eram, portanto, participantes de árduo ministério, ainda que Baruque apareça poucas vezes no livro de Jeremias.

     1. Quem era Baruque. Não há muitos dados disponíveis acerca de Baruque, cujo nome em hebraico, significa “abençoado”, mas certamente ele provinha de uma família que o havia educado para ser, em todas as coisas, uma bênção nas mãos de Deus. Era alguém qualificado para exercer sua tarefa, que sabia escrever com perfeição e ler perfeitamente em público. Portanto, um jovem graduado que colocara toda a sua formação acadêmica a serviço de Deus. O exame da vida e do ministério de Baruque força-nos a perguntarmos: Estamos preparando nossos filhos para ser uma bênção nas mãos de Deus? Nossos dons e talentos estão nas mãos de Deus e a serviço do Seu Reino?

     2. A Coragem e o zelo de Baruque. O jovem Baruque era conhecido pelo seu zelo e coragem, exercendo com fidelidade e presteza as tarefas confiadas por Jeremias. Como nunca se faz necessárias pessoas do nível de Baruque, fiéis no exercício das atividades que lhe são confiadas pelos seus líderes. Muitos querem iniciar desempenhando grandes tarefas, mas a experiência comprova que é na execução das pequenas coisas que somos preparados para as grandes. Nesse sentido, o conselho do comentarista da lição: “Talvez, neste momento, esteja você a realizar algo considerado humilde ou pequeno. O que você não sabe, porém, é que, no âmbito do Reino de Deus, jamais devemos desprezar as pequenas coisas (Zc 4.10; Lc16.10)”.

     3. A expectativa frustrada de Baruque. Da leitura do texto bíblico depreendemos que Baruque esperava um sucesso imediato na vida ministerial. Afinal, estava a secretariar um dos mais influentes profetas de Israel. No entanto, Baruque precisava aprender que nem sempre o exercício de um ministério com excelência na presença de Deus ministério implica e sucesso ministerial diante dos homens.

II. SUCESSO OU EXCELÊNCIA?

     No estudo desta lição, somos desafiados a buscar o que realmente tem valor para Deus, em especial quando nos questionamos e perguntamos por que há tantos obreiros frustrados? A própria lição nos traz a resposta de forma contundente: Porque estão atrás apenas do sucesso ministerial. Isso é uma tragédia para o homem de Deus!

     1. A efemeridade do sucesso. O sucesso faz o nome do obreiro, todavia não o torna conhecido diante de Deus. Dá-lhe riquezas, porém, não lhe proporciona prosperidade espiritual. Enche-lhe o templo, mas, não raro, de crentes vazios. Confere-lhe prestígio, entretanto, não lhe aumenta a reputação diante daquEle que tudo vê e tudo conhece. Abre-lhe as portas aos poderosos, não obstante, fecha-lhe as do Todo-Poderoso. O sucesso faz a igreja de Laodicéia, mas somente a excelência pode conferir a beleza de Filaldélfia e a perseverança de Esmirna.

     O sucesso ministerial sem a excelência do Cristo de Deus nada é.

     2. A glória da excelência. A excelência! É esta que devemos perseguir até que nos venha buscar o Senhor. Se com ela semeamos com lágrimas, com ela ceifaremos com alegria. Se com ela sofremos, com ela jubilaremos na presença do Rei. Além disso, quando fomos chamados ao ministério, o Senhor não nos disse que teríamos sucesso; através de seu apóstolo, assegurou-nos que excelente coisa estávamos nós almejando (1 Tm 3.1-3). Sabe por que Paulo jamais se sentiu frustrado? Ele perseguia a excelência ministerial no serviço do Senhor, e não o sucesso (Rm 11.13). O sucesso quem procurava era Demas que, no momento mais difícil de Paulo, abandona-o por sentir-se atraído pelo presente século (2 Tm 4.10).

CONCLUSÃO

     Na lição em apreço, Jeremias, exorta ao seu secretário a deixar os sonhos de grandeza, a fim de se dedicar à excelência da obra de Deus. Já não tinha o jovem à alma como despojo ou patrimônio? O que mais buscava?
     Da mesma forma, nesses tempos difíceis, quando aguardamos o iminente arrebatamento da Igreja, somos exortados e responder com sinceridade: O que você tem almejado, homem de Deus? O sucesso ou a excelência ministerial no trabalho do Senhor? É hora de reavaliarmos nossas prioridades. A grandeza pertence única e exclusivamente a Deus. É dEle que nos vêm a excelência!

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